domingo, setembro 20, 2015

Reflexões lentas - à volta das eleições, campanha, temas e outras coisas mais

A campanha... continua embora só hoje comece. E enche-nos a comunicação social. Quase tanto como o futebol que se sobrepõe aos serviços mínimos de cidadania,csobretudo se há um "derbi", e até se atreve a não parar a 4 de Outubro.Tal como - acabo de saber - será 4 de Outubro o dia da Assembleia Diocesana, com vista ao "aprofundamento da relação com a Virgem Maria na nossa vida cristã, à luz das Aparições de Fátima", cujo lema será votem bem perdão (não querias mais nada, incréu...) "Maria, Mãe de Ternura e de Misericórdia". Para compor a trilogia, as festas do fado em Alfama devem prolongar-se até esse domingo de eleições (ou rejeições?...) 
Entretanto, enquanto se vive e prepara "o importante" - o nosso Fado: Futebol e Fátima! - continua a campanha. 
Com alguns temas a serem impostos, na imposição da "luta de 2-galos 2 por um poleiro":

  • qual dos dois trouxe a troika?
  • qual a posição de cada um dos dois em relação ao próximo orçamento de Estado?
  • qual dos dois ganhou os debates? 
Quanto ao primeiro tema, seria fácil responder se se quisesse esclarecer e não confundir. Foram os dois!, que são três..., os três que desde há 39 anos são alternantes nas maiorias par(a)lamentares e nas governanças. Ponto final!
Quanto à posição relativamente ao próximo orçamento de Estado, incluindo a parte da segurança social, há uma questão prévia que já os dois entre si acordaram ao aceitarem, os dois!, o Tratado Orçamental, de 2012, que entrega a "soberania orçamental" a um Estado que não existe, que é o Estado fictício que já tem uma moeda e um banco central, ambos submetendo a soberania dos Estados-membros de uma chamada União Europeia a um Eurogrupo dominado pelo Estado alemão. Que assim domina todos os outros sem precisar de assassinar fidalgos austríacos ou, mais tarde, eliminar comunistas e judeus, e invadir Polónias e por aí fora. É estranho que só uma força política se refira reiteradamente ao verdadeiro golpe de Estado (sem Estado...) que foi esse Tratado Orçamental, como discutam - os dois -, e acaloradamente para eleitor ver como são diferentes, a aprovação de um nosso orçamento do nosso Estado cuja soberania alienaram.
Relativamente aos debates a dois, enquanto lutas mano-a-mano, parece só interessar qual foi o resultado, se ganhou um ou outro ou se repartiram os pontos, e valorizar a prestação da coordenadora do BE, que tem sido, na verdade, prestigiante... mas também prestimosa na ajuda à recuperação de uma canalização de eleitores em risco de descobrirem que a esquerda consistente está a ganhar pontos como as sondagens não podem esconder...embora possam minorar.Veja-se, só, esta novidade do canal público de televisão


O que se torna ainda mais manipulador quando se deveria sublinhar que o vai se eleito é o elenco que formará a próxima Assembleia da República, o que uma outra sondagem releva... mas com o rabo do gato bem visível de uma inventada e original diversão de poder vir a haver um PS com mais deputados mas com menos votos que uma coligação PàF, ou vice-versa. E pronto, aí está "matéria" para entreter e desviar atenções do que deveria fundamentar as opções da força do povo. Mas... é uma previsão interessante,  com o inefável e nefasto PdaR a meter o bedelho na Constituição que jurou (com os dedos traçados, certamente) respeitar e fazer respeitar.


Entretanto, vamos ver o que dão as eleições na Grécia e aproveitamentos sequentes.

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