segunda-feira, setembro 21, 2015

Reflexões lentas - "as legislativas ganham-se em 5 (ou 6) distritos..."

Na permanente preocupação de arrumar ideias (e informações), li ontem um artigo-estudo no Público que para isso ajudou. Margarida Gomes, que não sei quem seja ou se já alguma vez li escritos seus, abalança-se a fazer um balanço e titula-o de Legislativas ganham-se em cinco distritos: três a norte e dois a sul.
A abordagem é aliciante, e o artigo foi lido sem pressupostos ou preconceitos. E foi claramente revelador da maneira como a comunicação social  trata desta questão das legislativas num quadro de democracia “à maneira” que se reduz à homologação do executivo, da governança.
A correcção que se poderia prever no título – as legislativas ganham-se em distritos – é anulada no texto que abandonou as legislativas como eleição para 230 deputados para se focar na disputa PS-PàF (ou PSD-PS, ou Passos/Portas-Costa) em "todo o terreno".
Assim se esbate, até ao apagamento, a perspectiva política que encararia como a distribuição demográfica regional-distrital condiciona as opções de fundo. Em todo o trabalho (com algum interesse, embora enviesado pelo “pecado" original e universal), apenas se faz referência às candidaturas CDU e BE no caso de Lisboa, juntando-as de raspão (e indevidamente!) dizendo que partem (juntas!!!) com 8 deputados (e não 5 + 3!) e, nem em Setúbal, onde a CDU tem 4 deputados e pode, em 18, vir a subir, se escreve mais que uma talvez (?!) venenosa referência às seis eleições consecutivas em que, há muitas eleições passadas, a coligação APU foi a primeira força.
Nem sequer se anota, entre os tais cinco concelhos (a que se poderia juntar Leiria e Coimbra), há previsões da CDU perder o deputado por Braga mas subir em Lisboa e Porto e entrar em Aveiro. Coimbra e Leiria, além de outras previsões que confirmariam a implantação regional da coligação CDU numa eleição para escolha dos representantes do povo na Assembleia da República. 
A coligação PCP-PEV ☭❂ existe e faz prova de vida que a comunicação social procura ignorar.

c.q.d.

1 comentário:

Olinda disse...

Nao tem nada de surpreendente,a forma de tratamento dada ä CDU,pela comunicacao social.Os jornalistas,ao servico de,estao de tal forma formatados,que deixaram de racicionar!Mas,a CDU,estâ viva ,e no dia 4,irâ surprender.Bjo