quarta-feira, junho 17, 2015

Quantos somos/como estamos - 1

É antiga preocupação nossa. 

Que não veio com o avançar da idade... 

Desde sempre nos pareceu 

a primeira coisa a saber... 

para sabermos alguma coisa de nós. 

Os últimos dados, recentíssimos, ajudam. 

E o seu tratamento mais pode ajudar.


1

da Rádio Renascença:

Somos cada vez menos, 

mas vivemos mais tempo. 

Quatro perguntas que ajudam a perceber Portugal

Ilustração: Freepik
Instituto Nacional de Estatística
traça retrato demográfico 
de Portugal.

16-06-2015 19:45 por Filipe d'Avillez

Portugal tem perdido população e os seus residentes são cada vez mais velhos. Em média o número de filhos por mulher aumentou ligeiramente, mas não chega para inverter a situação. São dados revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Resumimos as Estimativas de População Residente em Portugal com respostas a quatro perguntas. 
Quantos somos?
O INE estima que em 2014 a população residente em Portugal era de 10.374.822 pessoas. Deste número, como é normal, mais de metade eram mulheres – 5.451.156 – e apenas 4.923.666 eram homens. 
Estes números representam uma diminuição de mais de 50 mil pessoas em relação ao ano anterior, mais precisamente 52.479. Este dado em si não é grande surpresa, uma vez que a tendência dos últimos anos tem sido de decréscimo populacional. Essa tendência mantém-se, portanto, mas atenuada em relação a anos anteriores.
 
Para onde foram os 52.479?
Alguns morreram, como é evidente, não tendo sido substituídos por nascimentos porque em 2014 se registaram mais óbitos que nascimentos. Chama-se a isto um saldo natural negativo e para este ano a diferença é significativa, com mais 22.423 mortes que nados vivos. 
Contudo, essa diferença só explica menos de metade do valor. Os restantes 30.056 resultam do saldo migratório, que também é negativo: no ano passado entraram 19.516 pessoas e saíram 49.572. 
Com estes números há que ter em conta, ressalva o INE, a existência de 85.052 emigrantes temporários, isto é, pessoas que continuam a contar para a estatística como residentes em território nacional, mas que estão temporariamente no estrangeiro.
 
Como se inverte a situação? 
Um dos factores que pode inverter este decréscimo da população é o aumento da imigração, mas a julgar pelas tendências tal não deve chegar. É que, embora o número de estrangeiros a escolher Portugal como país para viver, tenha aumentado ligeiramente ao longo dos últimos dois anos, a tendência desde 2009 tem sido de declínio. 
Em 2009, após vários anos de subida, o número de novos imigrantes permanentes aproximava-se dos 30 mil. Em 2014, registou-se uma inversão de tendência, mas é ainda muito superior o número de emigrantes face ao de imigrantes.
 
A outra forma de inverter a situação é aumentar o número de nascimentos, já que o número de mortes, salvo situações de catástrofe natural ou guerra não tenderá a diminuir.
 
Em 2014, aumentou o número médio de filhos por mulher (de 1,21 em 2013 passou para 1,23), mas este número está ainda longe dos 2,1 em média por mulher, que permite a renovação natural da população.
 
Quanto tempo vivemos?
A esperança de vida tem vindo a aumentar continuadamente.
Se em 2004 os residentes em Portugal podiam esperar viver 77,4 anos em média – 80 anos para as mulheres, 74 para os homens –, em 2014 a média geral para homens e mulheres era de 80,2 anos, com os homens a rondar os 77 e as mulheres os 83.
 
Claro que num país onde se vive até mais tarde e nascem poucas crianças, o resultado é que a população tem envelhecido, ou seja, a proporção de idosos em relação a jovens é cada vez maior.
 
Em 2004 havia 108 idosos por cada 100 jovens em Portugal. Passada uma década, esse número aumentou para 141 idosos por cada 100 jovens.
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sobre o censo de 1970
fica para um próximo "post"...

1 comentário:

Olinda disse...

Interessante,sem dûvida.Mas ,sao dados bastante previsiveis.A esperanca de vida aumenta,sem qualquer tipo de qualidade.Este paîs nao ê para velhos.

Bjo