quinta-feira, setembro 18, 2014

Dez-a-fio

17.09.2014

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  Entretanto, ontem à noite, respondi a um des-a-fio.
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  Ainda não o mandei e não sei se mandarei…
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  Mas fica aqui a resposta:
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 Dez-a-fio
Não costumo responder a desafios deste tipo. Os 10 mais isto ou mais aquilo (livros, filmes, canções). Temos tantas solicitações e tão variadas que dez-a-fios não me tentam. O facto é que, desta vez, me puseram a pensar quais os 10 livros (de ficção ou quase…) que mais me teriam influenciado, e desa…tei a fazer uma lista.
Não sei se sairão dez, nem estou certo que terão sido os que mais me influenciaram (no sentido de ter ficado diferente ou mais o mesmo depois de os ter lido). Mas que muito me influenciaram é tão evidente que, ao soltar a memória, esta os trouxe para a lista.
Começo cronologicamente, e cronologicamente procurarei continuar:
i)                    livros de Júlio Diniz (porque despertaram, ou acirraram, o gosto de ler, e de conhecer o País de que sou… e que não era, nem é, bem aquele…)
ii)                  As vinhas da ira, de J. Steinbeck (pelo que me deram, em ficção, a lição – de vida, de economia – que muitos tratados não tratam ou escamoteiam)
iii)                A mãe, de M. Gorki (pelas mesmas razões)
iv)                 Os subterrâneos da liberdade, do Jorge Amado (os três volumes comprados, em 1958, em Luanda, e aí começados a “devorar” –  eram em Santos, três soldados, baioneta calada…)
v)                  Djamilia, de T. Aitmantov, e Serioja, de Vera Panova (porque companheiros inestimáveis de tempos de muita leitura e reconstrução, no Aljube e em Caxias)
vi)                 Levantado do chão, de José Saramago (pela revelação de um enorme escritor, que era um amigo, a contar-nos a revolução e a reforma agrária)
vii)              O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago (porque me relata, ao vivo, o que foi o meu primeiro ano de vida, 1936)
viii)            E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto, de Rubem Fonseca (quase só pelo título, que se me agarrou…)
ix)                Dias comuns, de José Gomes Ferreira (diários que estimulam e ensinam – o que não quer dizer que eu tenha aprendido – a contar a História por cada um vivida)
x)                  Embora muito recentes, ainda a tempo (sempre é!) de me influenciar:
a.      Leite derramado, de F. Buarque de Holanda (pela surpreendente compreensão da velhice)
b.      O animal moribundo e O Fantasma sai de cena, de Philip Roth (pelas mesmas razões, embora sem surpresa…, e pelo enorme escritor que é)
c.       Chagrin d’école, de Daniel Pénnac (por, como todos os livros deste autor, ser o que e como eu gostaria de saber escrever)
d.      Nós, de Helder Macedo (porque, sendo um snsaio, me ter feito redescobrir Cesário Verde e nele me fixar – Se eu não morresse nunca/E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das cousas…)

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  Foi o que saiu!
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Se fosse hoje, 18, teria saído outra lista...

4 comentários:

Maria disse...

vou fazer um 'like'...

miguel disse...

e transpõe-lo para o teu blog. obrigado

Graciete Rietsch disse...

Olá Sérgio. Fiquei muito contente por pores o Júlio Diniz nos dez livros que te disseram algo. É que eu também gosto muito de Júlio Diniz, ainda hoje, e considero que, embora de uma forma romântica, os ideais do liberalismo são ali muito bem apresentados e os problemas sociais não deixam de ser abordados. Gosto de todos, mas a minha preferência vai para os Fidalgos da Casa Mourisca.
Um abraço.

Olinda disse...

Dez entre muitos outros.Tenho a certeza que nao foi tarefa fâcil ,este dez-a-fio.

Bjo