terça-feira, junho 03, 2014

CRÓNICA1 (mas não única)

Com a pista marcada para a regata, no meio do mar encapelado, e pouco antes do tiro de partida, o Supremo Árbitro veio fazer um apelo/peroração aos participantes e aos eventuais “assistentes”.
Aos participantes, que eram mais que muitos, endereçou o que perorou apenas a dois “uni-vos, tornai público e notório vosso consenso, e deixai-vos de guerras de alecrim e manjedoira (queria dizer manjerona mas a tanto não lhe chegou a sua tão rasteira cultura)”.
Aos esperados “assistentes” ao evento, e ele assim os considera…, disse, com modos entre conselheirais e de comando: “vão assistir!… assim participarão como é vossa obrigação e dever”.

Terminada a regata, os dois participantes, em vez de seguirem o cavacal conselho, atiçaram achas para as fogueiras um do outro, e o que chegara à meta com ligeiro avanço, menor que o exigido pelas condições do encapelado mar, começou a deitar fogo à própria barraca, perdão, barcaça. O outro aproveitou e, caladinho como os ratos de bordo, aproveitou para sacudir água do capote, perdão, para escoar alguma da água que o bote metera.
Quanto aos “assistentes”, além de poucos terem assistido mostrando quão pouco lhes diz o que diz o Supremo Árbitro, ainda para mais atreveram-se a incentivar, entre todos os concorrentes, o que está e apela a diferentes corridas, mas a sério, e um também outro que surgiu out-sider e lhes disse coisas que gostaram de ouvir sem bem terem entendido a prosódia.
Vai daqui, o Supremo Árbitro parece ter saído de circulação… até porque, após a corrida, também apareceram os Vigilantes do Regulamento da Convivência para afirmarem serem anti-regulamentares regras que ele próprio aceitara (e jurara) como estando de acordo com o Regulamento da Coisa pública.
Terá a Suprema Criatura de ser dada por desaparecida e de serem oferecidas alvíssaras para que não encontrada seja?  

1 comentário:

Antuã disse...

Este anda a fazer concorrência ao Américo Thomaz em termos de estupidez.