quinta-feira, novembro 14, 2013

o 15º EIPCO

Realizou-se entre a última 6ª feira e domingo, em Lisboa, o 15º Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários (EIPCO).
Neste "pequeno" (diria mesmo insignificante...) encontro estiveram representadas 77 organizações de 63 países, e foram recebidas saudações de 14 outros partidos comunistas e operários que não puderam comparecer. 
O lema do encontro foi "O aprofundamento da crise do capitalismo, o papel da classe operária e as tarefas dos comunistas na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos povos. A ofensiva do imperialismo, a rearrumação das forças no plano internacional, a questão nacional,a emancipação de classe e a luta pelo socialismo". Este lema  (coisas sem importância...) motivou troca de informações e um debate com mais de uma centena de intervenções, e provocou a elaboração e aprovação de um documento com as13

«Linhas de orientação para a acção comum ou convergente

Os Partidos reunidos no 15º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários definem as seguintes linhas de orientação para a sua acção comum ou convergente, mandatando o Grupo de Trabalho para procurar implementar estas linhas de orientação em coordenação com os partidos membros da Lista Solidnet.

1 – Comemorar, durante o ano de 2014, o 100º aniversário do início da Primeira Guerra Mundial, e o 75º aniversário do início da 2ª Guerra Mundial, através de uma campanha conjunta alertando para os perigos de novos confrontos militares internacionais, alertando para a necessidade de realçar a luta pela paz e contra a agressividade e guerras imperialistas, sublinhando que a luta pela paz está intimamente ligada à luta pelo socialismo. (Neste sentido o Partido Comunista Alemão, o Novo Partido Comunista da Holanda, o Partido do Trabalho da Bélgica e o Partido Comunista do Luxemburgo informaram acerca da preparação de uma acção na cidade fronteiriça de Aachen, em 15 de Fevereiro).
2 – Assinalar os 15 anos do início da criminosa agressão imperialista da NATO contra a República Federal da Jugoslávia, uma nova fase do desenvolvimento da estratégia militar imperialista e o início da ocupação da província sérvia de Kosovo e Metohija.
3 – Estimular, em coordenação com os partidos da Ásia, de África e da América Latina e e das Caraíbas, a organização de um seminário internacional sobre o impacto da crise capitalista nos países em desenvolvimento, especialmente focado em assuntos como o direito ao desenvolvimento económico e social e a protecção dos recursos naturais, bem como em assuntos da agricultura, posse da terra, e segurança alimentar. Sublinhar o papel dos monopólios na destruição ambiental no plano global, reafirmando simultaneamente o ponto de vista anti-monopolista e anti-capitalista sobre a agudização da crise ambiental.
4 – Organizar uma campanha internacional de solidariedade com os processos e lutas a decorrer na América Latina e nas Caraíbas, e em particular em Cuba – contra o bloqueio dos EUA, a posição conjunta da UE, e pelo regresso dos quatro patriotas cubanos detidos nas prisões dos EUA – com a Venezuela Bolivariana e luta do povo colombiano pela paz e justiça social.
5 – Estudar a possibilidade – tirando partido de eventos internacionais onde esteja presente um grande número de Partidos – de organizar uma reunião de trabalho para debater a ofensiva ideológica e o papel dos meios de comunicação social, bem como trocar experiências sobre o trabalho de comunicação de massas.
6 – Comemorar o Dia Internacional da Mulher (8 de Março de 2014) realçando os efeitos da crise e da multifacetada ofensiva imperialista sobre as mulheres trabalhadoras e as mulheres oprimidas nacionalmente, manifestando solidariedade com a sua luta e com o seu movimento anti-imperialista.

7 – Honrar o 1º de Maio, participando nas lutas em cada país pela defesa dos direitos económicos e sociais dos trabalhadores e dos povos, do direito ao trabalho e dos direitos laborais, sublinhando a importância da luta de classes, pelo fim da exploração do homem pelo homem. Pensar na possibilidade de anunciar neste dia um dia de acção, com iniciativas em cada país, contra o desemprego e as suas verdadeiras raízes, dando particular importância ao desemprego massivo entre os jovens. Defender os direitos sindicais, denunciar a perseguição política e exigir a libertação dos activistas sindicais presos.
8 – Estudar a possibilidade de acções convergentes de combate contra o racismo, a xenofobia, e o fascismo, realçando a importância da luta ideológica contra o anti-comunismo e a reescrita da História, denunciando o papel da União Europeia nas campanhas e medidas institucionais visando equiparar comunismo a fascismo.
9 – Estabelecer um dia de acção, com expressões em cada país, contra a perseguição dos partidos comunistas e a proibição de símbolos comunistas, manifestando solidariedade com os partidos comunistas proibidos nos seus países.
10 – Comemorar o 95º aniversário da Criação da Internacional Comunista (Março de 1919) sublinhando, pela ocasião dos 90 anos sobre a morte de Lenine, a sua contribuição fundamental para o movimento comunista.

11 - Estimular, em coordenação com os Partidos dos países árabes e do Médio Oriente, a organização de um seminário internacional sobre as lutas de emancipação social e nacional dos povos dos países árabes e do Médio Oriente, manifestando a solidariedade com todos os povos da região que são vítimas dos crimes e agressões imperialistas e sionistas, entre outros o povo palestino e sírio, e também os povos que se erguem contra os regimes repressivos, ditatoriais e reaccionários, em defesa dos seus direitos sociais, políticos e democráticos.
12 – Continuar a denunciar a intervenção imperialista na Síria e no Irão, e continuar a luta pelo reconhecimento de uma Estado Palestiniano independente.
13 – Promover a frente internacional contra o imperialismo e apoiar as organizações internacionais anti-imperialistas de massas, a Federação Sindical Mundial (FSM), o Conselho Mundial da Paz (CMP), a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) e a Federação Mundial Democrática de Mulheres (FMDM), no contexto específico de cada país.»

Apetece parafrasear o título do livro
de Carlos Aboim Inglês
COISA POUCA!


1 comentário:

Graciete Rietsch disse...

Coisa Pouca, mas que pode mudar o mundo.

Um beijo.