segunda-feira, junho 10, 2013

Todas na ferradura.......

O "nosso" ministro da educação é um "grande" Crato... Põe-se mesmo a jeito, sempre a "mandar vir" com a sua petulância e pesporrência. Cheio de si, isto é, com pouca coisa dentro, debita. Dá entrevistas. Perora, aproveitando ser entrevist(ad)o. No entanto, todas as marteladas se perdem. Quer acertar, o Crato, umas no cravo e saem-lhe todas na ferradura.
O que ele disse sobre leitura vai para a antologia deste governo. Que terá de sair em fascículos, é bem verdade,,.
Um amigo chamou-me a atenção e reproduzo

Crato? Cratino!

«Questionado sobre o modo como as crianças aprendem, o ministro afasta a ideia do gosto pela aprendizagem. Esse é um “pensamento muito limitado” e exemplifica: “Veja o caso da leitura. Muitos educadores acham que para ler bem a criança precisa, antes de qualquer coisa, estar desperta para o gosto pela literatura”, mas não, Crato considera que “tem de se ler muito, mesmo sem gostar. O treino precisa de ser permanente e exaustivo. Quanto mais automática se tornar a leitura, mais hipóteses a criança terá de retirar prazer”    

(Obrigado, Pedro!)

E acrescento um trecho de um livro que Crato deveria ser obrigado a ler (mesmo sem gostar... até "automatizar a leitura" para dela  retirar prazer, segundo o método cratino: o prazer pelo sacrifício imposto). 
É o começo de Comme un roman, de Daniel Pennac:

O verbo ler não suporta o imperativo. Aversão que ele partilha com alguns outros: o verbo "amar"... o verbo "sonhar".

Leia, sr. ministro! Na casa de banho, nos transportes públicos, enquanto come. Permanente e exaustivamente. Obrigue-se. 
Há quem o faça por ter sido desperto para o gosto pela leitura. Mas esses enganaram-se ou foram enganados. Obrigados é que é. Ali! Quantas páginas por hora, óh mestre matemático Crato?

9 comentários:

Pata Negra disse...

Com ministros destes não há educação que resista ou melhor, no ponto em que está a luta não há crato que resista...
bom Dia

cid simoes disse...

“Estudar vale a pena porque se ganha mais dinheiro” Nuno Crato.
E prontos...

...... disse...

De portento em portento...

Diz ele, ainda, na mesma entrevista (reportada pelo Público):
"A utopia do igualitarismo, essa que muitos na educação defendem, só seria possível num único e não desejável cenário: aquele em que todos são medíocres.” Nuno Crato

Não é nesta "educação" que me revejo!
Nunca antes tinha sentido tanta verdade nas palavras de Agostinho da Silva:
"O que eu acho graça nas crianças é ao universo extraordinário que elas inventam, sobretudo antes de irem à escola. Depois, as únicas coisas que têm engraçadas é quando realmente fogem da pedagogia. Porque só visto assim é que elas são extraordinárias. Quando se procura nelas a poesia, e não outra coisa qualquer, são realmente uma gente extraordinária. "
Abraço!

trepadeira disse...

E,porque não,como dizia uma besta que me tocou de professor,abrir a cabeça ao meio e meter o livro lá dentro.
Refiro-me ao crato claro.

abraço,
mário

Graciete Rietsch disse...

Um professor de matemática que prefere a imposição ao estímulo é
incompreensível.
A Matemática é um grande exemplo de que é preciso aprender-se a pensar, para depois gostar. Ninguém é bom matemático quando mecaniza a forma de resolver os problemas. Tem que aprender a encontrar a sua beleza, principalmente na aplicação. Na Leitura é igual. Não se pode mecanizar.
O Crato foi uma grande desilusão para mim, principalmente no campo da educação, porque no campo político eu mal o conhecia.

Um beijo.

samuel disse...

Coitado do Crato... :-)

Abraço.

Anónimo disse...

Escolástica pura e dura.

Antuã disse...


Uma ferradura é a impressão digital do Crato.

Olinda disse...

O Crato,ê câ uma crosta!...

Um beijo