quinta-feira, junho 20, 2013

G8... ou quantos (e o quê) são eles?

Todos os anos se reúnem.
Desde 1975, e não foi por acaso! No meio de crise. Do petróleo, do sistema monetário internacional. Numa curva na História. Com uma União Soviética como espectro materializado (mas a titubear, por perversa aplicação de um princípio, o da coexistência pacífica) e um sistema de países socialistas.
Agora são 8 os convivas, mas começaram, então, por ser 6 – França, Estados Unidos, Reino Unido (estes dois sempre mais ou menos unidos…), Itália, Japão e República Federal da Alemanha (porque havia outra) e por iniciativa da França (ou de Giscard d’Estaing).
Passaram rapidamente a 7, logo no ano seguinte, por cooptação do Canadá.
Depois de 1995 é que chegaram ao número actual, com a inclusão de uma Rússia, recuperada para fazer parte do Grupo dos maiores do mundo capitalista, ou seja, do capitalismo globalizado.
Ainda o serão?
Que fazem eles? 
Juntam-se, em nome dos países que representam democraticamente avalizados pelo voto popular, por vezes – quase sempre – com enormes reservas quanto à legitimidade dessa exclusiva e tão frágil representatividade, e juntam-se para, informalmente, isto é, com poucos conselheiros – mas muitos seguranças –, e em mangas de camisa, discutirem o estado (e o futuro) do mundo, de que se julgam senhores e donos.
Ainda o serão? 
Por quanto tempo?
Há quase 20 anos, em 1995 (primeira vez que a Rússia os integrou), os 8 seriam, no ordenamento da "riqueza das nações" – medida por essa coisa dos PIBs –, os maiores, com a China lá metida pelo meio mas como corpo estranho.
Agora, em qualquer dos rankings (!) usados – do FMI, do Banco Mundial, da CIA –, além da China estar em 2º lugar, infiltraram-se o Brasil, a disputar (e a ultrapassar) o Reino Unido no 6º lugar, e a Índia, numa compita para o 10º lugar com o Canadá, e a Espanha, desde sempre com veleidades a ser dos 8 maiores.
O mundo alterou-se nas suas hierarquias assim "pibmente" (pifiamente?) ordenadas.
Mas eles reúnem-se todos os anos. Para ditarem ordens ao mundo, com um sub-agrupamento, a União Europeia, que junta 4 desses 8, configurando uma dupla representação mas que está pelas “ruas da amargura”, até porque um desses 4 (o Reino Unido) tem sempre um pé dentro outro fora do projecto que tanto engoda os outros três (Alemanha, França e Itália, sobretudo os dois primeiros), numa estranha federalização continental semelhando um monstro com duas cabeças de directório em que só um é que manda porque o outro só vai tendo “grandeur” cada vez mais basofa*. E com essa basofaria (ah! aquela língua e o seu peso cultural!) faz barulho, sobretudo quando um português oportunista que teria a tarefa de  tentar congregar os sub-congregados diz coisas que lhe ferem o orgulho (ver reacção, no contexto do G8 deste ano, a uma dessas declarações), assim se  distraindo as massas. Que distraídas não estão, e vão descobrindo, por vezes de ínvias maneiras, que o tal G8 é uma das formas informais, ou das informes formalizações..., do capitalismo a procurar sobreviver, à escala do tempo histórico.
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* - isto é, um quarteto de três forma(ta)do por dois em que só um é que toca e o outro trauteia.


3 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Tão poucos a querer mandar no Mundo!!! Ou será apenas um a comandar todos os outros?

Um beijo.

Justine disse...

Mas enquanto existem não param de cometer crimes, cada vez mais e maiores!

yanmaneee disse...

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