quarta-feira, setembro 05, 2012

As contra dições e fric ções troikulentas

No plano institucional, nesta paupérrima democracia representativa em que nos movemos, há uma situação interessante. Os partidos da troika interna (PS, PSD, CDS-PP) estão… partidos!
Tendo feitas as continhas, e estando-se borrifando para a Constituição e valores que enformam a democracia, as cúpulas do PS e do PSD (ou do PSD e do PS) avaliaram as vantagens partidárias de uma reforma nas autarquias em que haveria executivos unicolores e assembleias municipais fiscalizadoras ao jeito das entidades reguladoras, a caminho do reforço da bipolarização à custa da proporcionalidade e da equidade.
No entanto, feitas as mesmas (e outras) contas e cont(h)abilidades, os do CDS-PP viram que iriam ser muito prejudicados com tal reforma, desaparecendo do mapa autárquico com uma ou outra excepção.
Do lado do PS, insiste-se na “reforma” porque teria todas as vantagens e, ainda por cima, coloca o PSD, que com o PS poderia chegar a entendimento ao nível da AR (e já começou...), num complicado dilema. Porque teria de escolher entre o que lhe convém no poder local ou manter um relacionamento privilegiado com quem lhe dá aliança e apoio no poder central, o CDS-PP.

As contradições e consequentes fricções saltam, embora a comunicação social lhes não dê grande relevo. Mas que é interessante é.
Nestes entretantos, Paulo Portas viaja e não se chamusca, sempre a procurar “marcar pontos” e tirar vantagens pessoais ou partidárias.

2 comentários:

trepadeira disse...

E quando podem queimar os dedos já não querem as castanhas.

Um abraço,
mário

Graciete Rietsch disse...

As atitudes desses partidos estão sempre condicionadas pelos seus interesses!!!!

Um beijo.