segunda-feira, fevereiro 06, 2012

A dívida mundial ao cronómetro

  • Primeiro, a notícia:

«Eurostat
Portugal é o terceiro país
mais endividado da Europa
Económico com Lusa
06/02/12 10:08

O rácio da dívida portuguesa para 110% do PIB foi o segundo que mais aumentou no terceiro trimestre de 2011 na comparação anual.
O rácio da dívida pública portuguesa atingiu 110,1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2011, a terceira mais elevada da Europa, atrás de Grécia (159,1%) e Itália (119,6%).
De acordo com dados hoje divulgados pelo Eurostat, o rácio da dívida de Portugal foi o segundo que mais aumentou na comparação anual, avançando 18,9% por comparação com o terceiro trimestre de 2010, um pouco menos que o valor registado na Grécia, 20,3%.
O gabinete de estatísticas da União Europeia (UE) revela que a dívida pública global na zona euro ascende aos 87,4% do PIB, ao passo que nos 27 Estados-membros o rácio se situa nos 82,2%.
Os dados trimestrais sobre dívida pública são um novo indicador que hoje foi revelado pela primeira vez e que pretende facultar dados para uma análise de curto prazo da tendência da dívida pública na zona euro e na UE.
Estónia (6,1%), Bulgária (15%) e Luxemburgo (18,5%) são os Estados-membros da UE com menor rácio da dívida pública por comparação com o respectivo PIB.»

  • Depois, a sua análise e reflexão. O "cheiro" (nauseabundo) a manipulação.
Colocou-se a dívida (com a não inocente confusão entre dívida pública e dívida externa) como bitola de tudo. É o metro. E o quilo. É o minuto. E ao segundo se mede a evolução da dívida.
Há um US Debt Clock (http://www.usdebtclock.org/world-debt-clock.html) que, momento a momento, vai dizendo como vai evoluido a dívida nos países do mundo que o imperialismo quer controlar. Em trabalho combinado de várias entidades, como o FMI e a CIA. Até 7 casas decimais de percentagem! 
Hoje, às 14 e 45, era este o panorama (reduzindo as casas decimais a 3)

  • Por aqui, é notório o ataque às situações e países periféricos (jogando onde está localizada a dívida e procurando transferi-la do Estado para os trabalhadores e as empresas não-financeiras), às soberanias nacionais não defendidas, no quadro de uma intensificação da exploração, onde ela mais possível for dada a relação de forças sociais existente.
  • Por último, pode ver-se bem, ao segundo, o resulado das medidas de austeridade agravando o que se diz virem resolver. Como todo o mundo sabe e ninguém parece querer saber (ou que se saiba...).



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