terça-feira, maio 10, 2011

A armadilha da dívida externa - 4

continuando... com o livro (de 1974!) que tem este elucidativo sub-título O Fundo Monetário Internacional e o desenvolvimento da dependência.

Da Apresentação da edição portuguesa (da Moraes editores, em colecção com direcção dos "Drs. Américo Ramos dos Santos, António Romão, José Mariguesa e Mário Murteira"):






«(...) chamamos a atenção do leitor português para os seguintes pontos abordados por Cheryl Payer, ao longo da sua análise:

(...)

Em terceiro lugar, registe-se a capacidade do FMI para a adequação do "receituário" à maior ou menor resistência do "paciente". Onde este dispõe ainda de alternativas, de vontade política nacional suficientemente coesa e firme, o modelo padrão da política económica recomendada pelo FMI é adaptado, e cedências mais ou menos substanciais são ainda possíveis. Ao invés, tratamentos duros e inflexíveis são aplicados aos casos onde os governos perderam, também em sentido literal, toda e qualquer moeda de troca, ou pelo menos a vontade de usá-la. (...)»  

Que nem uma luva! 37 anos depois!
há mais!

3 comentários:

Ricardo O. disse...

Afinal as receitas são essencialmente políticas... Quem diria? Pena é que algumas pessoas estejam tão esquecidas...

Graciete Rietsch disse...

O nosso país tudo perdeu porque o seu governo nunca tomou posições fortes contra o que lhe queriam impor. Agora não pode negociar mas apenas aceitar.
O que o Povo Português irá ainda sofre?!!!

Um beijo

Fernando Samuel disse...

«Que nem uma luva»: dizes bem.
E ainda bem que relembraste esta «armadilha» denunciada já há 37 anos mas tão na ordem do dia...

Um abraço.