domingo, dezembro 05, 2010

Há sete anos que ele-Cavaco escreveu, mas... (*)

... mas há menos de sete anos (foi em dois mil e sete) que nós, os do colectivo que escolheu Francisco Lopes para candidato - e que tantos outros estão a apoiar - "passou a limpo", numa Conferência Económica, o que vinhasendo dito e escrito sobre os caminhos da economia portuguesa há sete e mais anos.
Por exemplo,

  1. Há sete anos (mais mês menos mês) quando entrou em funcionamento o euro.
  2. Há duas vezes sete anos (mais coisa menos coisa) quando foi decidida, em definitivo (?) a criação da moeda única e com quem.
  3. Há três vezes sete anos (mais ou menos) quando se entrou na Comunidade Europeia e começou a "construir" a União Europeia.
  4. Há quatro vezes sete anos (mas já antes) se enveredou pelos caminhos do FMI e da "Europa connosco".
  5. Há cinco vezes sete anos (e mais uns tantos meses) quando se usou a via parlamentar para apagar, aos poucos e como o podiam fazer, a via da democracia participativa e avançada.
  6. Há seis vezes sete anos (vindos de antes) se adoptou a efectiva mudança contra a continuidade de mudança faz-de-conta.
  7. Há sete vezes sete anos (à volta disso) se definiu qual o rumo para a vitória.

Ou seja, no colectivo que propõe Francisco Lopes para Presidente da Republica há muita coisa escrita sete vezes sete anos (e mais) que apagam, mas totalmente..., as pretensões de quem se arroga o dom de prever e escrever com antecipação, e nada fez para corrigir o que previu e escreveu, para que tão decisivamente contribuiu enquanto noutras funções executivas (mais de sete anos de primeiro responsável porque foram dez).

O que está em causa são as políticas, é o funcionamento da economia e, sobre este, muito mais de sete vezes sete anos passaram desde que esse funcionamento foi analisado e escalpelizado, nas condições de então e dinâmicas detectáveis, por um senhor chamado Marx que nos deixou obra (e pistas) para bem acompanhar e transformar a realidade.

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(*) - Esta mensagem foi rascunhada logo a seguir à anterior. Deixámo-la à espera do regresso de um almoço CDU presta contas, em Constância (depois falo disso), para o início de uma tarde e noite de trabalho. Mas, ao voltar a casa, deparou-se-nos uma situação anómala. Nem luz, nem ligações telefónicas, nem net. Nada. Durante horas!, e até desistirmos, desesperados e a reflectir sobre as nossas contemporâneas dependências. Para a cama antes das 23 (!), com a "ajuda" de comprimidos para nos atenuar a irritação (era mais que isso) e... pôr a dormir. O dia parece ter acordado normal (como lá para as 4 da manhã "espreitámos" mas sem força para fazer mais que isso). Bom dia!

2 comentários:

Maria disse...

Há seis vezes sete anos como é que eles diziam? 'Evolução na continuidade', não era?
Caramba, o tom de voz de então parece-se com o de agora...
Bom dia, dependentes que somos da electricidade!

Graciete Rietsch disse...

Como eu gostava que se repetisse o que se passou há 5,2x7 anos,mais coisa menos coisa! Um bocadinho menos meigo, talvez.

Um beijo.