quinta-feira, setembro 30, 2010

Revendo coisas ditas muito recentemente

Este blog não é um local de estudo. Mas também o é (como tudo). Mas é uma espécie de arquivo.
Hoje, sentei-me aqui e antes de começar com coisas novas, e a trabalhar noutras coisas, resolvi passar os olhos por mensagens anteriores sobre IVA, como, aliás, já ontem começara a fazer, cansada e rapidamente, no regresso da manifestação (que excedeu o que esperava, e foi um sinal muito importante!).
Pois as "visitas ao IVA" foram uma relativa surpresa.
Neste dois anos, o IVA visitou-nos mais vezes que eu me lembrava, pois não recordava mensagens que aqui deixei, primeiro aquando da descida de um ponto percentual, em 2008 (demagógica e para-eleições), depois com a subida, em recuperação relativamente à descida anterior, de pontos pencentuais a partir de Julho deste ano (!) como "medida para combater o défice" e comandada do exterior.
Como então disse, o IVA é um imposto indirecto, "cego", que atige todos independentemente dos seus rendimentos, penalizando mais os que têm níveis de consumo mais baixos. Ainda fica por saber o que quer dizer a enigmática frase da sua estruturação (que é necessária, mas não se pode prever que seja no bom sentido, e mais parece uma ameaça que os técnicos se encarregarão de concretizar) e que, decerto, atingirá a distribuição por escalões de taxação. E ainda nada se sabe ao certo (eu ainda não sei, nesta brumosa manhã) sobre os actuais 6% e 13%.
Por agora, porque com certeza que a isto-IVA terei de voltar, apenas o sublinhado da incoerência e instabilidade de uma política "nacional" ao sabor (rançoso...) das imposições do exterior, com um partido da oposição (não "o partido da oposição"... e também porque não é de oposição à política!) a fazer o papel do palhaço pobre (porque não está no poder) neste circo par(a)lamentar.
E, também sublinho, quando falo dos partidos desta política (PS, PSD e CDS) refiro-me aos seus dirigentes, aos que botam faladura em nome deles, porque me sinto solidário com muitos dos seus apoiantes (e eleitores) que somam, às condições objectivas que todos os trabalhadores e população estão a penar, perplexidade e desorientação perante aquilo que quereriam apoiar como posições dos "seus" partidos, e de que, tantas vezes, se fazem defensores na base de uma inevitabilidade que eles poderiam ajudar a negar.
Como algumas cabeças devem andar... em parafuso!

3 comentários:

Fernando Samuel disse...

São essas cabeças em... «parafuso» que permitem a «porca» política de direita...

Um abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

Pois são... e é a elas (a algumas - muitas - delas) que tem de ser dada a volta para o sentido certo, que é o daqueles/as que as têm em cima dos ombros.
E há tanta gentinha a trabalhar para o impedir. Pela direita e pela esquerdice-ao-srviço-do-mesmo...

Um abraço

Graciete Rietsch disse...

O grande mal é que se a vida aparafusa de um lado vêm logo os ditos partidos desaparafusar por outro. E eles são peritos nisso.

Um beijo.