sábado, maio 29, 2010

Na manhã de 29 de Maio de 2010

Esta não é a manhã de ficar aqui, a ler, a escrever, a passear pelos campos. A trocar mensagens.

Esta é mais uma manhã nascida para irmos para a rua. Para fazermos a rua nossa. Para sermos rua.

Esta é a manhã de um dia que será o dia de um dos nossos maiores protestos de sempre. Porque a situação o exige. Porque é preciso. Porque protestar é preciso.

Porque é urgente mostrar que temos força. Ainda que seja apenas uma amostra de toda a força que temos e que tantos de nós desconhecem.

Para mal, já basta assim! Mas não há só que parar com as malfeitorias, há também que fazê-los recuar. Se já tanto nos roubaram do que conquistámos (uns para todos), temos não só que evitar que mais nos roubem como recuperar o que nosso é, foi e será.

E SERÁ!... quando muitos, ainda mais do que os muitos que seremos hoje na avenida-pequena-para-nós, estiverem connosco. Quando os nossos que ficarem em casa, ou a outros sítios forem, distraídos do futuro, os que não estejam em sintonia com os que estivermos na avenida-que-será-pouca-para-tantos-que seremos, quando esses que nossos são tomarem consciência da falta que (se!) estão a fazer, do atraso que podem estar a provocar na caminhada para esse futuro. Nosso. De todos e não de uns poucos que nossos não são.

Viva quem vive. Viva o protesto. Viva o 29 de Maio (*)!

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(*) - que por acaso da cronologia da História é 28 de Maio (triste data em que, em 1926, começoram 48 anos de ditadura, fascismo, guerra colonial) mais um!

4 comentários:

Fernando Samuel disse...

Quando os que lá «faltam», comparecerem... tudo será diferente. Para melhor, para muito melhor.
(por que será que pensei o mesmo que tu?)

Um abraço grande.

Sérgio Ribeiro disse...

Parce que!...
Como diria um português que tem a mania de falar francês... se calhar porque foi emigrante muitos anos...
Ou então... Pois!

Até já, camarada e amigo!

Maria disse...

E a "avenida-pequena-para-nós" foi efectivamente pequena para tantos milhares.
Quando os que não estiveram hoje tomarem consciência, então aí... será o nascer de um outro e novo dia!

Beijos.

Graciete Rietsch disse...

Os que são nossos sem disso se aperceberem hão-de tomar cosciência que ser nosso é ser deles.

Um beijo.