sábado, fevereiro 13, 2010

O tempo... de vida!

Final da intervenção introdutória, em Braga, na iniciativa de apresentação do tomo V do Livro segundo de O Capital das edições avante!:
.
«(…) mais relevante para a questão da exploração, identitária do modo de produção capitalista, é a do desemprego, desta aparente fatalidade que chega galopante quando os lucros (financeiros) baixam e continuam galopando quando se anunciam retomas económicas e se concentram capitais.
Trata-se de variável estratégica do capitalismo, de stock da mercadoria força de trabalho, de exército laboral de reserva.
Como se lê, na página 534 do tomo V de O Capital, sobre reprodução alargada: “(…) a parte do capital-dinheiro recém-formado transformável em capital variável {ou seja, o que é metamorfoseado em mercadoria força de trabalho}
encontra sempre [previamente] a força de trabalho em que se há-de transformar.”
Esta disponibilidade sobreleva uma questão essencial.
A questão do tempo, do tempo de uso dessa mercadoria – do tempo que é pago, do tempo que não é pago –, e do tempo livre (e onde!) que define a liberdade dos trabalhadores.
Do tempo de vida (e de como o viver!).»
.
Numa sala cheia (e com muitos jovens!), seguiu-se um animado debate.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostava de ter assistido (apesar de a minha idade contribuir para fazer elevar a média etária).
Falando a sério, por este pequeno excerto ( que eu entendi!) deve ter sido uma intervenção muito esclarecedora. Ainda bem que estavam presentes muitos jovens. O debate deve ter sido estimulante.

Campanica