domingo, agosto 16, 2009

Arranjos partidários! E políticas?

"A questão decisiva das próximas eleições,
e da composição da Assembleia da República que delas resultar,
é a da ruptura e mudança de política"
(Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda)

Confunde-se, não inocentemente, poder com poder político, poder político com governo, governo com dispor de lugares para objectivos pessoais, traficâncias e manigâncias. Ao serviço do verdadeiro poder, aquele que resulta do poder económico, no contexto, sempre mutável, da relação de forças entre interesses e posições de clases sociais.
Por isso, só se fala - mesmo quando não se fala - em governabilidade. Partindo do pressuposto - a consensualizar - de que apenas há dois partidos "de poder".
Maioria absoluta ou maiorias relativas? Se relativa, como torná-la "governabilidade"? PS com a "sua esquerda"... mas o PCP é imobilista e patátipátátá? PS com PS + D, num assumido "centrão"? PSD com CDS, como no começo do milénio?
E todos os "cenários" se colocam, na estreita perspectiva de nomes de partidos, de nomes de "políticos"... de nomes que apetece chamar-lhes!
E se se falasse, e discutisse política, projectos e programas?
Claro que não tenho ilusões, muitos desses programas estão... "em construção", e nas vésperas das eleições no nenhum tempo lhes sobra da "caça ao voto", feita na rua, nas feiras, nas festas, nas portas das fábricas onde só vão nestas alturas eleitorais e não, como outro(s), quando há problemas e situações sociais graves.
Na mesa está este Programa de Ruptura, Patriótico e de Esquerda para estas eleições mas inserido no Programa e Declaração Política do PCP. Não tenho qualquer ilusão que outro partido "vá a jogo"... mas quero contribuir para que o eleitor o saiba!

5 comentários:

Fernando Samuel disse...

Excelente texto!

Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Concordo em absoluto com o texto e tenho tentado passar a mensagem. Só que às vezes fico desiludida com as recções.Espero que o povo portugês comece a ver quem, de facto,está do seu lado.Um abraço amigo.

Justine disse...

E estás a contribuir, claro. Porque se não for por estas vias, não será certamente na televisão que o programa será divulgado...

GR disse...

Este magnífico e perceptível texto é uma contribuição preciosa.
Cada vez é mais difícil pela nossa parte, enviarmos a mensagem.
A censura é cada vez mais vergonhosa e só “eles” podem falar, intercalando com o futebol e a gripe. A gripe capitalista.

Bjs,

GR

samuel disse...

Textos como este, são um grande passo para o esclarecimento!

Abraço.