sexta-feira, julho 24, 2009

Isto mexe e está agitado...

O "post" que aqui se publicou sobre a China e as suas estratégias quanto ao investimento exterior teve (talvez) surpreendente impacto. O que era para ser um registo, mereceu comentários interessantes e, até, uma ajuda de tradução, tirada do Google. Por esse relativo (e inesperado) interesse, corrijo a tradução, na medida das minhas possibilidades, e volto a chamar a atenção para o que está a acontecer no mundo. Noutros lugares e oportunidades, tudo isto tem de ser muito bem acompanhado e reflectido.
.
China vai “aplicar” reservas cambiais (a partir de artigo no Finantial Times de 21 de Julho)
Pequim vai usar as suas reservas de divisas, as maiores do mundo, para apoiar e acelerar a expansão no exterior e aquisições por empresas chinesas, disse Wen Jiabao, primeiro-ministro chinês, em comentários publicados na terça-feira.
"Devemos acelerar a implementação da nossa estratégia “going out” e combinar a utilização das reservas de divisas com "going out" das nossas empresas", disse, na segunda-feira à tarde, aos diplomatas chineses.
Wen Jiabao adiantou que Pequim também quer que as empresas chinesas aumentem a sua quota nas exportações mundiais.
A estratégia “going out” é uma palavra de ordem para incentivar os investimentos e as aquisições no estrangeiro, nomeadamente por grandes grupos industriais, de propriedade estatal, como a PetroChina, Chinalco, China Telecom e do Banco da China.
Qu Hongbin, economista-chefe na China do HSBC, disse: "Esta é a primeira vez que ouvimos falar da articulação oficial desta política de apoio directo a empresas para compra de activos offshore".
Os investimentos directos não-financeiros da China aumentaram de 143 milhões de dólares em 2002 para 40,7 mil milhões de dólares no último ano (285 vezes).
Wen Jiabao não referiu quanto dos 2.132 mil milhões de dólares de reservas seria canalizado para as empresas chinesas, mas Qu Hongbin disse que esta era parte da estratégia para reduzir a dependência da parcela de dólares nessas reserva.
"Esta é a diversificação de reservas num sentido mais amplo. Ao invés de acumular reservas de divisas e activos financeiros de curto prazo, o governo quer que a nação que as empresas acumulem mais activos reais de longo prazo."
Os grupos estatais, particularmente nos sectores do petróleo e dos recursos naturais, têm reforçado a sua procura de activos de empresas à venda devido à crise global.
(…)
Numa entrevista publicada na comunicação social controlada pelo Estado, o presidente da China Development Bank disse que os investimentos exteriores chineses seriam acelerados, mas deveriam dirigir-se a recursos reais de países em desenvolvimento.
"Todo mundo está dizendo que devemos ir para os mercados ocidentais para colher activos sub-valorizados", disse Chen Yuan. "Penso que não devemos ir para a América da Wall Street, mas deveremos olhar mais para locais com recursos naturais e energéticos."

Sem comentários: